Lá nos anos 1940, um personagem chamado “Lone Ranger” (conhecido no Brasil como “Cavaleiro Solitário”) foi muito confundido com o famoso Zorro simplesmente pelo fato de ambos possuírem máscara, chapéu e capa, e viverem suas aventuras no Velho Oeste. Até hoje há quem chame ambos os personagens de Zorro, de modo que é meio difícil definir quem é o Zorro “verdadeiro” (que, no caso, seria o mais antigo, antes do Lone Ranger aparecer). Isso também acontece no que diz respeito aos nomes dos organismos: assim como dois heróis diferentes podem ser conhecidos pelo mesmo nome, duas ou mais espécies distintas podem ser chamadas da mesma forma, assim como uma só espécie pode ser conhecida por vários nomes pelo público.
No mundo da taxonomia biológica também existem casos de sinonímia, contudo, diferente dos sinônimos dos nomes comuns das espécies, os sinônimos científicos podem ser mais facilmente controlados, o que, com certeza, evita levar os taxonomistas à loucura. Isso foi demonstrado em um artigo recente na Ecological Indicators, onde Ricardo Correia e sua equipe Paul Jepson, Ana Malhado e Richard Ladle – todos integrantes do LACOS 21 – comprovaram a importância dos sinônimos científicos das espécies em estudos de Culturomics.